VIDEOS e RELATOS de Partos
VIDEO Nascimento-da-Maria filha da Luana e João http://ivanacubasfotografia.com.br/ PARTO DOMICILIAR
VIDEO Nascimento de Lis https://vimeo.com/132641641 PARTO HOSPITALAR
VIDEO Nascimento de Henrique, filho de Clara Sanfelice PARTO DOMICILIAR
VIDEO Nascimento de Thales, filho de Lívia e Ângelo PARTO DOMICILIAR
VIDEO Nascimento de Thales, filho de Lívia e Ângelo PARTO DOMICILIAR
VIDEO Nascimento de Thales, filho de Lívia e Ângelo PARTO DOMICILIAR
FOTOS http://ivanacubasfotografia.com.br/portfolio-view/nascimento-da-helena-parto-humanizado/
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¤ nascimento de Pedro, filho deLuciana e Felipe Relato
¤ nascimento de Noah, filho de Ulli e Tomás Relato
¤ nascimento de Noah, filho de Ulli e Tomás Relato
Reflexões:.
¤ Dar à Luz, uma reflexão - Depoimento de Luiza Paterno
¤ Agradecimento - De Roberta e André pais da Mel
¤ Agradecimento - De Roberta e André pais da Mel
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Se você frequentou o Espaço Dar à Luz e gostaria de compartilhar com outros casais a sua experiência nessa página, envie para nós o seu relato! secretariadaraluz@gmail.com
Estes depoimentos foram generosamente compartilhados por mães, pais e bebês como contribuição ao enriquecimento da nossa cultura de parto e nascimento. Solicitamos NÃO COPIÁ-LOS por respeito ao direito de propriedade de imagem de cada família.
Se vc deseja utilizar alguma parte destes relatos ou imagens para uma boa causa, agradecemos nos escrever no email lucia.caldeyrostajano@gmail. com para solicitar autorização.
Obrigada.
Boa leitura!
Relato de Parto da Eveline - CAISM
Depois de 8 meses, pois o puerpério não é fácil... (Desculpem o longo texto!)
Desde que eu me entendo por gente eu tenho o sonho de ser mãe. E sempre quis ter filhos de parto normal, afinal eu tinha exemplo em casa: minha mãe teve 3 partos normais e uma cesárea (o último, porque estava sentado), sendo que o menor bebê tinha 3,850kg (o da cesárea).
Quando estava no segundo trimestre, comecei a ler artigos sobre violência obstétrica, meio por acaso, e isso me deixou horrorizada! Não queria passar por isso, mas não tinha condições financeiras de bancar um parto humanizado (que pra mim era algo que devia ser caríssimo!). Comecei a compartilhar esses artigos no facebook e uma colega de colégio que não via há décadas veio falar comigo inbox. Ela já tinha tido um parto humanizado hospitalar e estava grávida do segundo filho. Ela começou a me incentivar a buscar informações e que era possível ter um bom parto mesmo com poucos ou nenhum recurso!
Foi quando achei o contato da Lucía Caldeyro, doula do Espaço Dar a Luz num site que falava do grupo de parto humanizado que havia no Caism. Esse grupo não existia mais, mas ela me convidou para participar do grupo que ela conduzia e comecei a frequentar aos domingos com meu marido (a partir das 28 semanas).
Foi notável a mudança do meu marido depois que passou a frequentar os grupos. Antes ele dizia que ia chegar no hospital e ia “exigir” que nossas vontades fossem respeitadas, e ele é bravo, fala alto e tem 1,90m de altura! Mas com o tempo a Lucía foi “amaciando” ele e o fez entender que se ele chegasse com essa postura, aí que não nos respeitariam. Que o macete era pedir com jeitinho, quase que “fazer um carinho” pra ir conquistando tudo o que queríamos. Além de ter um plano de parto, é lógico! Mas plano de parto não garante nada, então é melhor caprichar na lábia!
Logo nos primeiros grupos, vimos a possibilidade de termos um parto domiciliar e abraçamos. Cada vez mais amava a idéia de ter nossa filha em casa! Mas desde a primeira consulta do pré-natal minha pressão estava 14X9, embora não tivesse proteína na urina (que podia indicar risco de pré-eclâmpsia) e na ultra com doppler mostrou que não estava obstruindo o cordão umbilical e minha filha estava sendo nutrida normalmente. Quer dizer que a minha hipertensão não era gestacional, já devia existir antes da gravidez e como se mantinha estável, não estava influenciando nada e eu me sentia bem. Aliás, tive uma gestação ótima! Trabalhei, caminhava, fazia faxina, sentia-me muito bem! Até trabalhei em dois retiros entre 6 e 7 meses e fui num baile dos anos 60 com 37 semanas de gravidez!
Mas a Lucía achou melhor eu consultar outro médico indicado por ela pra ver o que ele dizia sobre a minha pressão, já que o médico que eu passava dizia que estava tudo bem (ele era cesarista, mas como eu iria fazer o parto com o plantão do convênio a princípio, ele não ficou me aterrorizando). Foi assim que me consultei com o Dr. Wlademir Mendes com 35 semanas de gestação e adorei! Devia ter feito todo o pré-natal com ele! Ele pediu mais exames e com os exames estava tudo bem, mas com 37 semanas minha pressão subiu pra 15x11 e ele achou melhor me medicar. Com isso meu parto domiciliar foi por água a baixo!
Chorei muito, muito mesmo! Mas o grupo, a Lucía e a Gaby Lemes (doula que também me acompanhou nos grupos), além do meu marido, ajudaram-me a digerir que, embora eu e o bebê estivéssemos bem, meu parto teria que ser hospitalar.
O plano então passou a ser passar o trabalho de parto em casa e ir pro hospital com trabalho de parto avançado. Conversei com uma enfermeira que trabalhava no hospital para o qual eu iria e ela me disse que com esse meu histórico de pressão, qualquer plantonista faria uma cesárea e roubaria meu parto! O que fazer então? Como eu queria poder pagar a disponibilidade do Dr. Wlademir! Ele é maravilhoso! Tanto que não me tratou diferente quando eu disse que não poderia pagar, então não faria o parto com ele. Chegamos à conclusão que nossa única chance de ter nosso parto natural, seria ir pro Caism.
Com 39 semanas, numa quinta-feira, o Dr. Wlademir fez o cardiotoco e deu poucos movimentos. Minha filha poderia estar dormindo apenas, mas por precaução, e como eu disse a ele que iria pro Caism, ele me passou um encaminhamento e pediu que eu já fosse de imediato pro Caism passar como gestante de alto risco.
Fui muito bem recebida lá, fiz outro cardiotoco e estava tudo normal, ela só estava dormindo. Mas meu colo ainda estava grosso, posterior, sem nenhuma dilatação. Nem sinal de trabalho de parto! A médica disse que, como minha pressão estava alta, era pra eu voltar na segunda-feira e, caso não tivesse sinal de trabalho de parto e meu colo continuasse grosso, que marcariam pra quinta-feira pra fazer a indução do parto. Pois com a pressão alta, eles não podiam deixar passar de 40 semanas.
Fui pra casa arrasada! Meus planos de passar o trabalho de parto em casa estavam minando. Chorei de novo! Eu sonhava tanto em ficar dentro da banheira! De lá fomos pra casa da Lucía e ela nos deu dicas de tentar induzir o trabalho de parto naturalmente, como caminhada, fazer relaxamento, sexo, apertar uns pontos de acupuntura. Passei o fim de semana dentro de uma caixa d’água que colocamos na sala com água bem quente, escutando um cd de relaxamento e pedindo pra Eveline nascer!
Segunda voltamos no Caism de manhã, fui examinada, fiz o cardiotoco e tive que ficar lá esperando até o fim da tarde pra fazer ultra com doppler. E estava tudo bem.... mas decidiram já me internar pra fazer a indução pois a pressão continuava alta. Pedi pro médico esperar só até quinta, mas ele disse que não podia esperar.
Ele tentou então colocar o “balãozinho” (Sonda de Foley) pra já forçar uma dilatação mecânica. Mas tentou 3 vezes e sempre escapava. Doeu muito! E acabou saído meu tampão. Ele falou então que como o balão não estava parando, que ia ver se eu já podia começar com o Misoprostrol (comprimido que é inserido no colo do útero pra dilatar quimicamente). Foi autorizado e eu fui internada 21h00 do dia 17/08/2015 num dos quartos de PPP. Colocariam os comprimidos até engrenar o trabalho de parto. Podia ser colocado um por vez a cada 6h. Caso o trabalho de parto não engrenasse: cesárea!
Tomei um banho, tentei dormir e nada! Às 2h40 colocaram o primeiro comprimido. De hora em hora ia algum estudante fazer a dinâmica (ficar 10 minutos com as mãos sobre a minha barriga sentindo as contrações e depois anotar quantas teve e a intensidade). Não dormi nada essa noite.
De manhã as contrações ainda estavam leves, às vezes alguma moderada e vinha entre uma e duas em 10 minutos. Comecei a caminhar pelos corredores do andar que eu estava. Meu marido me acompanhou. Às 10h30 só que colocaram o segundo comprimido. Foi depois disso que o trabalho de parto começou a engrenar, mas ainda estava totalmente suportável.
Às 16h00 fizeram mais um cardiotoco e não acusou muitos movimentos (eu estava deitada do lado esquerdo). O estudante pediu pra eu virar pro lado direito pra fazer de novo e ver se ela se movimentaria mais. Quando fui virar na cama senti como se tivesse feito xixi: a bolsa estourou! A partir de então comecei a sentir de fato as contrações! Mas ainda tinha apenas 2 cm de dilatação!
Meu marido ligou pra doula (a Gaby) e ela foi pra lá ficar comigo, enquanto meu marido ia pra casa descansar um pouco. Ela chegou 18h30 e nessa hora já estava bem punk! Eu não conseguia caminhar mais depois que a bolsa estourou, então ficava na bola e a cada contração ela tentou várias formar de me aliviar e só o que melhorou muito foi um ponto de acumpressão que ela pressionava na minha lombar sempre que a contração estava chegando e nossa, como aliviava! Mas não era suficiente! Então eu fui pro chuveiro e a água bem quente quase me desmontou, mas ainda doía muito!
Um estudante veio fazer o toque e eu pedi anestesia. Mas ainda estava com 3 cm de dilatação! Acho que eram umas 20h00. Não tenho certeza, pois minha noção de tempo era zero, parecia que estava em outra dimensão. Já estava na partolândia!
Eu fui pro chuveiro de novo e quando vinha a contração, não consegui segurar, gritei, nem sei como gritei, mas gritei. Não aguentava mais! Sei que passou muito tempo, e eu gritava! Pedi pra Gaby chamar o médico, ela falou com a enfermeira e o médico não vinha nunca! Comecei a gritar que queria anestesia! Até que a enfermeira veio e disse que o médico estava numa cesárea de emergência e que iria demorar. E disse mais: “Não vai adiantar nada você ficar gritando assim! Outro dia chegou uma menina de 15 anos aqui, já com 7 cm de dilatação e ela entrou muda e saiu calada. Não ficou fazendo escândalo!” Fiquei paralisada! Ela saiu e eu disse pra Gaby, totalmente chapada: “ Eu não gostei disso que ela falou!” (Ela que me contou, porque eu não me lembro de ter dito isso.) Essa foi a única violência que sofri!
Quando o médico veio, eu ainda estava com 5 cm de dilatação e ele disse que só poderia anestesiar com 7 cm. Já devia ser umas 22h30, 23h.
23h30 meu marido ligou e pediu pra Gaby descer que ele ia subir. Eu pedi pra ela não ir. Então ela combinou com meu marido que ficaria mais um pouco. Eu não conseguia me imaginar, com as contrações uma em cima da outra, sem ela pra apertar minha lombar. 1h00 da manhã meu marido ligou de novo e pediu pra eu deixar ela descer que ela estava sem comer e ele tinha levado um lanche pra ela. Qualquer coisa ela iria subir de novo depois.
Quando meu marido chegou, estava deitada na maca pra fazer o toque. Eu disse a ele que a contração estava vindo e ele apertou na minha lombar bem no ponto que a Gaby estava pressionando. Nossa! Foi maravilhoso! Ela tinha ensinado a ele como fazer pra me aliviar! Quando a contração passou, ele perguntou se podia deixar a Gaby embora e ele ficaria comigo já que os dois não poderiam. Eu disse que podia.
Fizeram o toque e eu já estava com 7 cm de dilatação! A partir daí, quando as contrações vinham, já me dava vontade fazer força e eu comecei a fazer muita força mesmo, porque isso extravasava as dores que eu sentia! Por causa disso, eu não quis mais tomar a anestesia. Porque quando a contração vinha, elas não ficavam presas em mim como antes, eu conseguia soltar, fazendo força!
Veio uma vontade louca de fazer coco. Fui pra privada e fiz um pouco. Então entrei no chuveiro, e a partir daí, sempre que vinha a contração e eu fazia força, saia mais e mais coco, umas pelotinhas. Eu ficava com vergonha e empurrava com o pé pro ralo.
Fiquei 1 hora no chuveiro com a água o mais quente possível! Falei um monte de bobeira, que não aguentava mais, até cesárea eu pedi. Meu marido perguntou, meio incrédulo, se eu queria mesmo cesárea e eu disse que não. Mas nem sabia mais o que estava falando! Até que meu marido falou que tinha um fiozinho de sangue saindo, que a Eveline já devia estar ali. Coloquei o dedo e entrou só a pontinha e já tocou na cabeça dela. Fiquei tentando sentir o cabelinho, mas era tanto vérnix que eu não conseguia distinguir cabelo ali. Eu já tinha dilatado tudo e ela já tinha descido e eu nem percebi. Tudo isso em 1 hora! E eu tinha demorado horas pra dilatar os outros 7 cm. Acredito que eu tenha feito tanta força que acelerou o processo!
Nessa última hora, não tinha aparecido ninguém no quarto, estávamos só nós 2 (e a Eveline!), estava um sossego! Mas quando eu disse pro Paulo que a Eveline já estava saindo, que eu podia sentir ela, ele ficou desesperado e disse que ia chamar alguém. Eu pedi pra ele não chamar, pois já estávamos no hospital mesmo e eu ia segurar se ela nascesse. Queria ter ela naquele sossego que estava no banheiro, com uma musiquinha gostosa tocando no celular, com água quente caindo nas costas e eu podendo parir de cócoras! Não queria ir pra maca! Mas meu marido não conseguiu segurar o rojão e chamou a enfermeira.
A enfermeira veio e pediu pra eu ir pra maca. Eu tentei dar um passo e não consegui. Senti como se tivesse uma bola de futebol no meio das pernas! Meu marido pediu pra eu segurar nos ombros dele e meio que me carregou. No quarto, quando vi a escadinha da maca disse que ali eu não iria conseguir subir. Só tinha chegado o Felipe, estudante e ele pediu pra eu deitar pra ele fazer um toque. Eu disse que não conseguia subir, pra ele fazer comigo de pé. Ele disse que não sabia fazer de pé. Meu marido falou que não tinha segredo, que até ele fez. Só rindo numa hora dessas! Mas não tinha que “medir” dilatação, se ele colocasse a pontinha do dedo já tocava ela. Nisso eram 2:30 da manhã.
Mas subi na maca e chegou a equipe toda, arrumaram tudo correndo, fiquei semi-sentada na maca e colocaram uma barra pra eu segurar e ajudar a fazer força quando viesse a contração. Mas que contração? Com todo aquele vuco-vuco no quarto, acabando com a tranquilidade que estava só eu e meu marido, não conseguia sentir mais nada! Até parecia que tinha tomado anestesia! Um estudante colocou as mãos na minha barriga e começou a me avisar quando a contração vinha pra eu fazer força e aí eu fazia.
Aí, o Dr. Lucas, deu uma anestesia local na minha vagina, e eu pedi pra não fazer episiotomia, meu marido reforçou que não queríamos e ele disse que então se precisasse ele não faria (vi que é meio padrão lá, se ficar quieta, eles fazem). Então ficaram monitorando os batimentos enquanto a Eveline não nascia pra garantir que estava tudo bem. E eu fazia força até acabar o fôlego, saía um pouquinho da cabeça e voltava. Fiquei assim uns 40 min e nada. Nesse meio tempo, estava morrendo de sede, com a boca tão seca que não conseguiria nem mais fazer força. Pedi água e meu marido me deu. Mas a Eveline não nascia, estava entrando em desespero, quase pedindo a episio pra acabar logo com isso! Então, o dr. Lucas disse que não podiam esperar mais, que iam tentar mais uma vez, se não saísse a cabeça, iam fazer episio. Última chance: fiz a maior força que podia e senti sair a cabeça! Mas não doeu, não senti o círculo de fogo! Pode ter sido por causa da anestesia local que deram. Nisso, que saiu a cabeça, o dr. Lucas virou os ombros e já tirou a Eveline. Não esperou a próxima contração, mas tudo bem! Minha filha nasceu, sem chorar, só deu um resmunguinho! Eram 3:15 da manhã do dia 19/08/2015. Eu perguntei se ela estava bem e fiquei pedindo: me dá, me dá, me dá! Coloca em mim, coloca em mim! Meu marido pediu pra colocarem no meu peito e a dra. Raquel, pediatra, disse que podia colocar.
Minha filha estava em meus braços! Linda! Emoção indescritível! Olhei seus olhinhos pra ver se eram verdes iguais os do pai e eram castanhos iguais os meus mesmo! Mas ela tinha cílios enormes! Fiquei encantada! Ela era perfeita! Coloquei no peito e ela não mamou nesse primeiro momento. Só fiquei admirando ela, numa emoção sem fim! Nunca senti uma felicidade tão grande!
A Dra Raquel, pediatra, pediu pra levar a Eveline pra ela examinar e chamou meu marido pra ir junto. Ele foi e garantiu que ela não fosse aspirada e recebesse o colírio de nitrato de prata. Ele me trouxe o termo pra assinar também.
Enquanto meu marido acompanhava nossa filha, um residente em cirurgia ficou me suturando. Tive laceração grau III. Apesar de ter usado o epino, a posição na maca, o fato de ter puxado o ombro e a tensão que fiquei por sair do sossego do banheiro e chegar na loucura do quarto com todo mundo correndo contribuíram pra minha laceração. Mas ainda foi melhor do que a episio. E a placenta? Saiu assim que levaram a Eveline. Pedi pra ver, me olharam com uma cara de espanto e me mostraram. Achei engraçado!
Logo trouxeram a Eveline e colocaram em mim e nos cobriram. Tentei colocá-la pra mamar, mas ela dormiu. Eu estava em êxtase! Meu marido deitou na poltrona e dormiu, eu não ia conseguir, nem tinha como! Após duas noites em claro, eu estava com uma energia que nunca tive!
Demoraram pra nos transferir pro quarto de internação, só nos levaram às 9:00. Lá não tem berçário. O bebê fica no quarto com a mãe. Tratam o binômio mãe-bebê. E a mãe não tem alta sem o bebê, nem o bebê sem a mãe. Porque eles acreditam que manter a amamentação em livre demanda é fundamental.
Logo que cheguei, tomei um banho. Dei todos os banhos da Eveline e cuidei dela. Sentia-me super bem, nem os pontos me incomodavam muito. Só as hemorroidas que me incomodaram: parecia uma flor. Mas tudo bem, bem melhor que os pontos da cesárea! E a Eveline pegou mesmo o peito só no dia seguinte. E nem por isso deram leite artificial pra ela. Até porque é um hospital Amigo da Criança!
Apesar de alguns detalhes, fui super bem tratada no Caism. E se as equipes que me atendeu no pré-parto e no parto já foram ótimas, a do pós-parto foi maravilhosa! É um sonho ficar internada lá! Meus pais ficaram admirados por verem toda a estrutura e cuidado de todos e saberem que era tudo pelo SUS.
E o plano de parto que levamos? Ficou guardado na bolsa, nem tiramos de lá. Não precisou, pois tudo o que o meu marido e eu falamos foi respeitado. O importante foi estarmos emponderados!
Meu marido filmou quando ele estava comigo e fez um vídeo digno de profissional: https://www.youtube.com/watch?v=Jj3GmFRZu9Y&feature=youtu.be
Desde que eu me entendo por gente eu tenho o sonho de ser mãe. E sempre quis ter filhos de parto normal, afinal eu tinha exemplo em casa: minha mãe teve 3 partos normais e uma cesárea (o último, porque estava sentado), sendo que o menor bebê tinha 3,850kg (o da cesárea).
Quando estava no segundo trimestre, comecei a ler artigos sobre violência obstétrica, meio por acaso, e isso me deixou horrorizada! Não queria passar por isso, mas não tinha condições financeiras de bancar um parto humanizado (que pra mim era algo que devia ser caríssimo!). Comecei a compartilhar esses artigos no facebook e uma colega de colégio que não via há décadas veio falar comigo inbox. Ela já tinha tido um parto humanizado hospitalar e estava grávida do segundo filho. Ela começou a me incentivar a buscar informações e que era possível ter um bom parto mesmo com poucos ou nenhum recurso!
Foi quando achei o contato da Lucía Caldeyro, doula do Espaço Dar a Luz num site que falava do grupo de parto humanizado que havia no Caism. Esse grupo não existia mais, mas ela me convidou para participar do grupo que ela conduzia e comecei a frequentar aos domingos com meu marido (a partir das 28 semanas).
Foi notável a mudança do meu marido depois que passou a frequentar os grupos. Antes ele dizia que ia chegar no hospital e ia “exigir” que nossas vontades fossem respeitadas, e ele é bravo, fala alto e tem 1,90m de altura! Mas com o tempo a Lucía foi “amaciando” ele e o fez entender que se ele chegasse com essa postura, aí que não nos respeitariam. Que o macete era pedir com jeitinho, quase que “fazer um carinho” pra ir conquistando tudo o que queríamos. Além de ter um plano de parto, é lógico! Mas plano de parto não garante nada, então é melhor caprichar na lábia!
Logo nos primeiros grupos, vimos a possibilidade de termos um parto domiciliar e abraçamos. Cada vez mais amava a idéia de ter nossa filha em casa! Mas desde a primeira consulta do pré-natal minha pressão estava 14X9, embora não tivesse proteína na urina (que podia indicar risco de pré-eclâmpsia) e na ultra com doppler mostrou que não estava obstruindo o cordão umbilical e minha filha estava sendo nutrida normalmente. Quer dizer que a minha hipertensão não era gestacional, já devia existir antes da gravidez e como se mantinha estável, não estava influenciando nada e eu me sentia bem. Aliás, tive uma gestação ótima! Trabalhei, caminhava, fazia faxina, sentia-me muito bem! Até trabalhei em dois retiros entre 6 e 7 meses e fui num baile dos anos 60 com 37 semanas de gravidez!
Mas a Lucía achou melhor eu consultar outro médico indicado por ela pra ver o que ele dizia sobre a minha pressão, já que o médico que eu passava dizia que estava tudo bem (ele era cesarista, mas como eu iria fazer o parto com o plantão do convênio a princípio, ele não ficou me aterrorizando). Foi assim que me consultei com o Dr. Wlademir Mendes com 35 semanas de gestação e adorei! Devia ter feito todo o pré-natal com ele! Ele pediu mais exames e com os exames estava tudo bem, mas com 37 semanas minha pressão subiu pra 15x11 e ele achou melhor me medicar. Com isso meu parto domiciliar foi por água a baixo!
Chorei muito, muito mesmo! Mas o grupo, a Lucía e a Gaby Lemes (doula que também me acompanhou nos grupos), além do meu marido, ajudaram-me a digerir que, embora eu e o bebê estivéssemos bem, meu parto teria que ser hospitalar.
O plano então passou a ser passar o trabalho de parto em casa e ir pro hospital com trabalho de parto avançado. Conversei com uma enfermeira que trabalhava no hospital para o qual eu iria e ela me disse que com esse meu histórico de pressão, qualquer plantonista faria uma cesárea e roubaria meu parto! O que fazer então? Como eu queria poder pagar a disponibilidade do Dr. Wlademir! Ele é maravilhoso! Tanto que não me tratou diferente quando eu disse que não poderia pagar, então não faria o parto com ele. Chegamos à conclusão que nossa única chance de ter nosso parto natural, seria ir pro Caism.
Com 39 semanas, numa quinta-feira, o Dr. Wlademir fez o cardiotoco e deu poucos movimentos. Minha filha poderia estar dormindo apenas, mas por precaução, e como eu disse a ele que iria pro Caism, ele me passou um encaminhamento e pediu que eu já fosse de imediato pro Caism passar como gestante de alto risco.
Fui muito bem recebida lá, fiz outro cardiotoco e estava tudo normal, ela só estava dormindo. Mas meu colo ainda estava grosso, posterior, sem nenhuma dilatação. Nem sinal de trabalho de parto! A médica disse que, como minha pressão estava alta, era pra eu voltar na segunda-feira e, caso não tivesse sinal de trabalho de parto e meu colo continuasse grosso, que marcariam pra quinta-feira pra fazer a indução do parto. Pois com a pressão alta, eles não podiam deixar passar de 40 semanas.
Fui pra casa arrasada! Meus planos de passar o trabalho de parto em casa estavam minando. Chorei de novo! Eu sonhava tanto em ficar dentro da banheira! De lá fomos pra casa da Lucía e ela nos deu dicas de tentar induzir o trabalho de parto naturalmente, como caminhada, fazer relaxamento, sexo, apertar uns pontos de acupuntura. Passei o fim de semana dentro de uma caixa d’água que colocamos na sala com água bem quente, escutando um cd de relaxamento e pedindo pra Eveline nascer!
Segunda voltamos no Caism de manhã, fui examinada, fiz o cardiotoco e tive que ficar lá esperando até o fim da tarde pra fazer ultra com doppler. E estava tudo bem.... mas decidiram já me internar pra fazer a indução pois a pressão continuava alta. Pedi pro médico esperar só até quinta, mas ele disse que não podia esperar.
Ele tentou então colocar o “balãozinho” (Sonda de Foley) pra já forçar uma dilatação mecânica. Mas tentou 3 vezes e sempre escapava. Doeu muito! E acabou saído meu tampão. Ele falou então que como o balão não estava parando, que ia ver se eu já podia começar com o Misoprostrol (comprimido que é inserido no colo do útero pra dilatar quimicamente). Foi autorizado e eu fui internada 21h00 do dia 17/08/2015 num dos quartos de PPP. Colocariam os comprimidos até engrenar o trabalho de parto. Podia ser colocado um por vez a cada 6h. Caso o trabalho de parto não engrenasse: cesárea!
Tomei um banho, tentei dormir e nada! Às 2h40 colocaram o primeiro comprimido. De hora em hora ia algum estudante fazer a dinâmica (ficar 10 minutos com as mãos sobre a minha barriga sentindo as contrações e depois anotar quantas teve e a intensidade). Não dormi nada essa noite.
De manhã as contrações ainda estavam leves, às vezes alguma moderada e vinha entre uma e duas em 10 minutos. Comecei a caminhar pelos corredores do andar que eu estava. Meu marido me acompanhou. Às 10h30 só que colocaram o segundo comprimido. Foi depois disso que o trabalho de parto começou a engrenar, mas ainda estava totalmente suportável.
Às 16h00 fizeram mais um cardiotoco e não acusou muitos movimentos (eu estava deitada do lado esquerdo). O estudante pediu pra eu virar pro lado direito pra fazer de novo e ver se ela se movimentaria mais. Quando fui virar na cama senti como se tivesse feito xixi: a bolsa estourou! A partir de então comecei a sentir de fato as contrações! Mas ainda tinha apenas 2 cm de dilatação!
Meu marido ligou pra doula (a Gaby) e ela foi pra lá ficar comigo, enquanto meu marido ia pra casa descansar um pouco. Ela chegou 18h30 e nessa hora já estava bem punk! Eu não conseguia caminhar mais depois que a bolsa estourou, então ficava na bola e a cada contração ela tentou várias formar de me aliviar e só o que melhorou muito foi um ponto de acumpressão que ela pressionava na minha lombar sempre que a contração estava chegando e nossa, como aliviava! Mas não era suficiente! Então eu fui pro chuveiro e a água bem quente quase me desmontou, mas ainda doía muito!
Um estudante veio fazer o toque e eu pedi anestesia. Mas ainda estava com 3 cm de dilatação! Acho que eram umas 20h00. Não tenho certeza, pois minha noção de tempo era zero, parecia que estava em outra dimensão. Já estava na partolândia!
Eu fui pro chuveiro de novo e quando vinha a contração, não consegui segurar, gritei, nem sei como gritei, mas gritei. Não aguentava mais! Sei que passou muito tempo, e eu gritava! Pedi pra Gaby chamar o médico, ela falou com a enfermeira e o médico não vinha nunca! Comecei a gritar que queria anestesia! Até que a enfermeira veio e disse que o médico estava numa cesárea de emergência e que iria demorar. E disse mais: “Não vai adiantar nada você ficar gritando assim! Outro dia chegou uma menina de 15 anos aqui, já com 7 cm de dilatação e ela entrou muda e saiu calada. Não ficou fazendo escândalo!” Fiquei paralisada! Ela saiu e eu disse pra Gaby, totalmente chapada: “ Eu não gostei disso que ela falou!” (Ela que me contou, porque eu não me lembro de ter dito isso.) Essa foi a única violência que sofri!
Quando o médico veio, eu ainda estava com 5 cm de dilatação e ele disse que só poderia anestesiar com 7 cm. Já devia ser umas 22h30, 23h.
23h30 meu marido ligou e pediu pra Gaby descer que ele ia subir. Eu pedi pra ela não ir. Então ela combinou com meu marido que ficaria mais um pouco. Eu não conseguia me imaginar, com as contrações uma em cima da outra, sem ela pra apertar minha lombar. 1h00 da manhã meu marido ligou de novo e pediu pra eu deixar ela descer que ela estava sem comer e ele tinha levado um lanche pra ela. Qualquer coisa ela iria subir de novo depois.
Quando meu marido chegou, estava deitada na maca pra fazer o toque. Eu disse a ele que a contração estava vindo e ele apertou na minha lombar bem no ponto que a Gaby estava pressionando. Nossa! Foi maravilhoso! Ela tinha ensinado a ele como fazer pra me aliviar! Quando a contração passou, ele perguntou se podia deixar a Gaby embora e ele ficaria comigo já que os dois não poderiam. Eu disse que podia.
Fizeram o toque e eu já estava com 7 cm de dilatação! A partir daí, quando as contrações vinham, já me dava vontade fazer força e eu comecei a fazer muita força mesmo, porque isso extravasava as dores que eu sentia! Por causa disso, eu não quis mais tomar a anestesia. Porque quando a contração vinha, elas não ficavam presas em mim como antes, eu conseguia soltar, fazendo força!
Veio uma vontade louca de fazer coco. Fui pra privada e fiz um pouco. Então entrei no chuveiro, e a partir daí, sempre que vinha a contração e eu fazia força, saia mais e mais coco, umas pelotinhas. Eu ficava com vergonha e empurrava com o pé pro ralo.
Fiquei 1 hora no chuveiro com a água o mais quente possível! Falei um monte de bobeira, que não aguentava mais, até cesárea eu pedi. Meu marido perguntou, meio incrédulo, se eu queria mesmo cesárea e eu disse que não. Mas nem sabia mais o que estava falando! Até que meu marido falou que tinha um fiozinho de sangue saindo, que a Eveline já devia estar ali. Coloquei o dedo e entrou só a pontinha e já tocou na cabeça dela. Fiquei tentando sentir o cabelinho, mas era tanto vérnix que eu não conseguia distinguir cabelo ali. Eu já tinha dilatado tudo e ela já tinha descido e eu nem percebi. Tudo isso em 1 hora! E eu tinha demorado horas pra dilatar os outros 7 cm. Acredito que eu tenha feito tanta força que acelerou o processo!
Nessa última hora, não tinha aparecido ninguém no quarto, estávamos só nós 2 (e a Eveline!), estava um sossego! Mas quando eu disse pro Paulo que a Eveline já estava saindo, que eu podia sentir ela, ele ficou desesperado e disse que ia chamar alguém. Eu pedi pra ele não chamar, pois já estávamos no hospital mesmo e eu ia segurar se ela nascesse. Queria ter ela naquele sossego que estava no banheiro, com uma musiquinha gostosa tocando no celular, com água quente caindo nas costas e eu podendo parir de cócoras! Não queria ir pra maca! Mas meu marido não conseguiu segurar o rojão e chamou a enfermeira.
A enfermeira veio e pediu pra eu ir pra maca. Eu tentei dar um passo e não consegui. Senti como se tivesse uma bola de futebol no meio das pernas! Meu marido pediu pra eu segurar nos ombros dele e meio que me carregou. No quarto, quando vi a escadinha da maca disse que ali eu não iria conseguir subir. Só tinha chegado o Felipe, estudante e ele pediu pra eu deitar pra ele fazer um toque. Eu disse que não conseguia subir, pra ele fazer comigo de pé. Ele disse que não sabia fazer de pé. Meu marido falou que não tinha segredo, que até ele fez. Só rindo numa hora dessas! Mas não tinha que “medir” dilatação, se ele colocasse a pontinha do dedo já tocava ela. Nisso eram 2:30 da manhã.
Mas subi na maca e chegou a equipe toda, arrumaram tudo correndo, fiquei semi-sentada na maca e colocaram uma barra pra eu segurar e ajudar a fazer força quando viesse a contração. Mas que contração? Com todo aquele vuco-vuco no quarto, acabando com a tranquilidade que estava só eu e meu marido, não conseguia sentir mais nada! Até parecia que tinha tomado anestesia! Um estudante colocou as mãos na minha barriga e começou a me avisar quando a contração vinha pra eu fazer força e aí eu fazia.
Aí, o Dr. Lucas, deu uma anestesia local na minha vagina, e eu pedi pra não fazer episiotomia, meu marido reforçou que não queríamos e ele disse que então se precisasse ele não faria (vi que é meio padrão lá, se ficar quieta, eles fazem). Então ficaram monitorando os batimentos enquanto a Eveline não nascia pra garantir que estava tudo bem. E eu fazia força até acabar o fôlego, saía um pouquinho da cabeça e voltava. Fiquei assim uns 40 min e nada. Nesse meio tempo, estava morrendo de sede, com a boca tão seca que não conseguiria nem mais fazer força. Pedi água e meu marido me deu. Mas a Eveline não nascia, estava entrando em desespero, quase pedindo a episio pra acabar logo com isso! Então, o dr. Lucas disse que não podiam esperar mais, que iam tentar mais uma vez, se não saísse a cabeça, iam fazer episio. Última chance: fiz a maior força que podia e senti sair a cabeça! Mas não doeu, não senti o círculo de fogo! Pode ter sido por causa da anestesia local que deram. Nisso, que saiu a cabeça, o dr. Lucas virou os ombros e já tirou a Eveline. Não esperou a próxima contração, mas tudo bem! Minha filha nasceu, sem chorar, só deu um resmunguinho! Eram 3:15 da manhã do dia 19/08/2015. Eu perguntei se ela estava bem e fiquei pedindo: me dá, me dá, me dá! Coloca em mim, coloca em mim! Meu marido pediu pra colocarem no meu peito e a dra. Raquel, pediatra, disse que podia colocar.
Minha filha estava em meus braços! Linda! Emoção indescritível! Olhei seus olhinhos pra ver se eram verdes iguais os do pai e eram castanhos iguais os meus mesmo! Mas ela tinha cílios enormes! Fiquei encantada! Ela era perfeita! Coloquei no peito e ela não mamou nesse primeiro momento. Só fiquei admirando ela, numa emoção sem fim! Nunca senti uma felicidade tão grande!
A Dra Raquel, pediatra, pediu pra levar a Eveline pra ela examinar e chamou meu marido pra ir junto. Ele foi e garantiu que ela não fosse aspirada e recebesse o colírio de nitrato de prata. Ele me trouxe o termo pra assinar também.
Enquanto meu marido acompanhava nossa filha, um residente em cirurgia ficou me suturando. Tive laceração grau III. Apesar de ter usado o epino, a posição na maca, o fato de ter puxado o ombro e a tensão que fiquei por sair do sossego do banheiro e chegar na loucura do quarto com todo mundo correndo contribuíram pra minha laceração. Mas ainda foi melhor do que a episio. E a placenta? Saiu assim que levaram a Eveline. Pedi pra ver, me olharam com uma cara de espanto e me mostraram. Achei engraçado!
Logo trouxeram a Eveline e colocaram em mim e nos cobriram. Tentei colocá-la pra mamar, mas ela dormiu. Eu estava em êxtase! Meu marido deitou na poltrona e dormiu, eu não ia conseguir, nem tinha como! Após duas noites em claro, eu estava com uma energia que nunca tive!
Demoraram pra nos transferir pro quarto de internação, só nos levaram às 9:00. Lá não tem berçário. O bebê fica no quarto com a mãe. Tratam o binômio mãe-bebê. E a mãe não tem alta sem o bebê, nem o bebê sem a mãe. Porque eles acreditam que manter a amamentação em livre demanda é fundamental.
Logo que cheguei, tomei um banho. Dei todos os banhos da Eveline e cuidei dela. Sentia-me super bem, nem os pontos me incomodavam muito. Só as hemorroidas que me incomodaram: parecia uma flor. Mas tudo bem, bem melhor que os pontos da cesárea! E a Eveline pegou mesmo o peito só no dia seguinte. E nem por isso deram leite artificial pra ela. Até porque é um hospital Amigo da Criança!
Apesar de alguns detalhes, fui super bem tratada no Caism. E se as equipes que me atendeu no pré-parto e no parto já foram ótimas, a do pós-parto foi maravilhosa! É um sonho ficar internada lá! Meus pais ficaram admirados por verem toda a estrutura e cuidado de todos e saberem que era tudo pelo SUS.
E o plano de parto que levamos? Ficou guardado na bolsa, nem tiramos de lá. Não precisou, pois tudo o que o meu marido e eu falamos foi respeitado. O importante foi estarmos emponderados!
Meu marido filmou quando ele estava comigo e fez um vídeo digno de profissional: https://www.youtube.com/watch?v=Jj3GmFRZu9Y&feature=youtu.be
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